Escultura de Iemanjá negra vira atração no 2 de fevereiro

Fotos- Maysa Polcri-Correio

A representação de Iemanjá negra, em forma de escultura, colocada pela primeira vez no altar montado na Casa de Iemanjá, no Rio Vermelho, virou atração entre os devotos. Quem passa alguns segundos dentro da casa, depois de enfrentar uma fila extensa, aproveita para tirar fotos com a imagem.

Apesar de a maioria das representações da orixá no centenário da festa ser branca, devotos aprovaram a escultura negra. “Nós, que somos de religiões de matriz africana, sabemos que Iemanjá é negra e assim que devemos representá-la assim” afirmou a dona de casa Rita de Cássia, 51.

Já Bruna Santos, 25, que estava com uma camisa que estampava uma Iemanjá negra, falou que as representações da orixá como uma mulher branca são fruto do preconceito. “Todos os orixás são negros, as pessoas mostram diferente por causa do preconceito contra os negros”, reforçou.

O professor Bruno Luiz Vieira, 31, aproveitou para tirar uma foto com a escultura e destacou a importância do momento. “Temos que celebrar, essa representatividade é sinal de evolução”, disse. A escultura não era a única. Outras figuras que representam a orixá como uma mulher negra estão presentes no altar.

A imagem foi cedida à Colônia de Pescadores pelo Museu Nacional de Cultura Afrobrasileira. Com 1,40 metro de altura por 60 centímetros de largura, a obra representa a orixá com traços de uma mulher negra com cauda de sereia e foi feita pelo artista plástico Rodrigo Siqueira.

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