Paloma Zahir, 32 anos, é cria do Curuzu, mãe de Duda e Cauê, candomblecista, Egbomi de Igbalé, produtora de eventos sociais e corporativos, cozinheira, pesquisadora e bacharelanda de sociologia. A paixão por empreender começou ao ver sua mãe, Eliene Lima, uma quituteira de mãos cheias, sair para comercializar suas iguarias pelas ruas do bairro onde nasceu. Com a venda dos produtos, Eliene conseguia manter a casa e custear os estudos de Paloma. Graças aos esforços da genitora, hoje, Paloma é Ìyálòdè da Zahir Produções e do Kissanga Restaurante, onde é afro-chef, ativista das cozinhas afro-brasileiras, além de fomentar o black money. A conquista desse espaço não foi nada fácil. Paloma vai na contramão das estatísticas.
Atualmente, das 48,8 milhões de mulheres pretas brasileiras em idade para trabalhar, apenas um pouco mais da metade, 51,5%, está no mercado de trabalho, seja buscando emprego ou ocupada. Os microdados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (PNADC/IBGE).
“Como mulher preta e cozinheira sempre enfrentei o desafio de fazer com que as pessoas enxergassem valor no trabalho da cozinha e poder precificá-los da maneira merecida. Não foi fácil chegar até aqui e também não é fácil me manter onde conseguir chegar”, diz.
Através da minha atuação como afro-empreendedora e propagadora da cultura afro-brasileira e, especialmente, das pretas de ganho consegui espaços para trabalhar com grandes empresas e instituições”, afirma.
Fonte-BNews
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