Foto Reprodução / Redes sociais
Três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram condenados pela abordagem que matou Genivaldo Santos, de 38 anos, em Umbaúba, no interior do Sergipe. O caso, que ocorreu em maio de 2022, tomou repercussão nacional devido aos registros que mostram os três policiais trancando a vítima no porta malas da viatura enquanto era asfixiado com gás lacrimogêneo.
A condenação vem exatamente 2 anos, 6 meses e 14 dias após o crime. Em 25 de maio de 2022, Genivaldo, que era diagnosticado com esquizofrenia, foi parado por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. Segundo a perícia da Polícia Federal, o homem foi mantido no porta malas da viatura da PRF por 11 minutos e 27 segundos enquanto era asfixiado com gás lacrimogêneo. Os policiais alegaram que ele teria resistido à abordagem.
O trio foi acusado de tortura e homicídio triplamente qualificado. No entanto, o Júri Popular desclassificou o crime de homicídio doloso para os réus William Noia e Kleber Freitas, que passaram a responder por tortura seguida de morte e homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
Na decisão, a Justiça condenou William Noia a uma pena de 23 anos, um mês e 9 dias, pela abordagem a Genivaldo desde o início da ocorrência e pela participação na morte ao ter segurado a porta da viatura após a bomba de gás lacrimogêneo ter sido jogada no porta-malas; Kleber Freitas recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias, após ter feito, por cinco vezes, uso de spray de pimenta contra Genivaldo; e Paulo Rodolpho foi condenado a 28 anos, pois chegou após a abordagem já iniciada, jogou a bomba e segurou a porta.
As defesas dos réus ainda podem recorrer da decisão.
Bahia Notícias


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