Foto: Denisse Salazar A Tarde
Os trabalhadores que foram resgatados em vinícolas no Rio Grande do Sul por trabalho análogo à escravidão devem ser assentados em fazendas de criação de cabra na região Sisaleira da Bahia. A expectativa é de que o projeto atenda pouco menos da metade dos 194 baianos que retornaram ao estado, em fevereiro deste ano.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, a ação “Vida Pós Resgate”, do Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba), iniciou no mês passado a busca por terrenos nas cidades de Serrinha, Conceição do Coité, Monte Santo e São Domingos.
O objetivo é reinserir os trabalhadores e suas famílias no campo, em forma de associações. A renda virá da produção de leite e da venda de carnes.
O projeto é custeado pelas indenizações por danos morais coletivos das ações judiciais movidas contra as empresas flagradas cometendo trabalho análogo ao escravo.
A procura de trabalhadores para o projeto ocorreu considerando as 27 cidades em que eles moram na Bahia. Os quatro locais escolhidos concentram o maior número de resgatados.
Ainda de acordo com a Folha, o processo está mais avançado em Monte Santo e Conceição do Coité, onde as prefeituras concordaram em cooperar e já atuam no projeto. O MPT aguarda agora a assinatura de um termo de cooperação com o Governo da Bahia, que já sinalizou interesse. Em março, o órgão assinou um termo de cooperação técnica com o Governo do Rio Grande do Sul.
Os resgatados estão sendo acompanhados pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e pelo Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
Fonte-A Tarde
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