Bolsonaro está de volta à articulação para tentar anular o resultado das eleições. Cobrado por apoiadores, ele passou a traçar novas estratégias para evitar a posse de Lula, após período submerso. Agora, pressiona Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, a protocolar na Justiça uma ação pedindo novas eleições, sob alegação de fraude. Mais do que qualquer efetividade jurídica, a medida busca inflamar as ruas e demonstrar disposição ao embate.
A peça que Bolsonaro quer que o PL apresente recorreria ao artigo 14 da Constituição Federal, que versa sobre “soberania popular” e “sufrágio universal”. E citaria o parágrafo 10, que diz: “O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude”. Lula foi diplomado nesta segunda-feira (12/12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Valdemar, contudo, tem resistido a pôr em prática o que Bolsonaro quer.
O presidente do PL tenta demover Bolsonaro da ideia de levar adiante qualquer movimento de ruptura institucional e busca convencê-lo a disputar as eleições em 2026.
Funcionários do PL chegaram a procurar casa em Brasília para Bolsonaro, que deve deixar o Palácio da Alvorada. Valdemar avalia que já se expôs o suficiente quando protocolou uma ação, baseada em auditoria contratada pelo próprio partido, questionando as urnas eletrônicas.
(Metrópoles)
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