Polícia Civil deve investigar denuncia de racismo em colégio militar de São Sebastião do Passé

Uma aluna do Colégio Municipal Dr. João Paim, em São Sebastião do Passé, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), acusa um funcionário da instituição de racismo. Segundo a jovem de 13 anos, o trabalhador afirmou que ela estava com o “cabelo inchado”. As informações são do jornal Correio.

O colégio trabalha com a metodologia de ensino da Polícia Militar, que foi adotado após um acordo de cooperação técnica firmado entre a prefeitura e a PM-BA. Segundo a mãe de Eloah Monique, a filha foi para a escola com o cabelo preso em um coque e, mesmo assim, o penteado foi considerado inadequado para assistir às aulas. Por isso, ela foi mandada para casa, sem aviso prévio aos seus responsáveis.

“Na hora que o funcionário mandou ela ir para casa, ela ainda tentou arrumar mais o cabelo, puxar esticar mais para manter o padrão dele, de liso. Mas ele disse que não adiantava e que ela teria que voltar para casa”, relatou a mãe ao Correio.

“Na hora que o funcionário mandou ela ir para casa, ela ainda tentou arrumar mais o cabelo, puxar esticar mais para manter o padrão dele, de liso. Mas ele disse que não adiantava e que ela teria que voltar para casa”, relatou a mãe ao Correio.

Jaciara contou ao jornal que a jovem chegou em casa chorando muito e constrangida com a situação. A mulher foi ao colégio conversar com o funcionário sobre a situação. O homem, então, mostrou a ela uma foto do que seria considerado dentro dos padrões da escola.

“Ele me mostrou a foto de uma menina branca com o cabelo liso. Eu falei para ele: ‘Essa não é a realidade da minha filha, o cabelo dela é duro e muito cheio”, contou a vigilante ao jornal.

Segundo a mãe de Eloah, o funcionário chegou a afirmar que a menina deveria alisar o cabelo para manter o padrão do Dr. João Paim.

Jaciara registrou um boletim de ocorrência e, segundo a Polícia Civil, a Delegacia Territorial de São Sebastião do Passé vai apurar a denúncia.